SAÚDE COLETIVA Coletânea. N4 2017. ISSN 1982-1441

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A PESQUISA CIENTÍFICA COMO BASE PARA O DESENVOLVIMENTO

 

 

 

Competitividade demanda por Inovação e conhecimento. Estas são dimensões que impulsionam  empresas e países ao crescimento e ao desenvolvimento. O conhecimento novo implica em novas aplicações práticas e a geração de novos produtos e novas formas de fazer, traduzindo-se em produção e renda.

 

A atividade acadêmica, através da pesquisa científica, faz surgir novos conhecimentos, capazes de oferecer alternativas mais viáveis ao mercado, modificando a nossa qualidade de vida, geralmente para melhor.

 

No plano da Educação, pode os novos conhecimentos assumirem diferentes formatos. Originado da pesquisa científica, pode por exemplo mudar a maneira didática de explanar e conduzir o processo de ensino e aprendizagem, adotar recursos tecnológicos à vivência acadêmica em sala de aula, desenvolver metodologias ativas específicas para determinados conteúdos, dentre outros. A pesquisa científica é pois, um bem jurídico, que é protegido pelo direito autoral, o qual a vincula aos seus autores ou à alguma instituição de fomento. Em geral, é materializado à partir de sua publicação em periódicos científicos autorizados e certificados, normalmente abrigados em bases de dados, disponíveis a comunidade científica.

 

Os novos conhecimentos traduzem-se em aplicações diversas, tais como novos equipamentos industriais, novas medicações, novos materiais específicos para determinadas finalidades, sempre gerando mão de obra e renda.

 

Trata-se de uma vantagem competitiva em potencial, que quanto mais inovadora for para o mercado, maior a riqueza a ser gerada. Os novos produtos, equipamentos ou processos têm proteção autoral. Esta proteção materializa-se em forma de uma patente, que tende a restringir a exploração do produto ou processo aos autores.

 

É claro que a pesquisa é algo farto em termos de produção de conhecimento e inovação, portanto, a cada novo conhecimento produzido, sucedem-se outros novos conhecimentos, nas diversas áreas do conhecimento, que aprimoram cada vez mais o conhecimento anterior. Daí a beleza e importância da pesquisa criteriosa e ética.

 

É preciso incentivar os novos atores, produtores de outros conhecimentos inovadores, no âmbito da universidade, para que estes divulguem seus achados científicos em periódicos especializados, como uma prova de sua originalidade e, para que a comunidade científica possa também opinar, criticar ou agregar valor a tais achados.

 

O conhecimento novo nem sempre é viável sem a inovação. Portanto é a inovação que vai agregar o valor econômico, na medida em que viabiliza uma descoberta,  em um produto ou um processo disponível no mercado e capaz de se tornar competitivo junto a outros já existentes.

 

Gerar conhecimento exige uma postura política, tanto das instituições educacionais como dos governantes. Políticas públicas que possam disponibilizar equipamentos adequados às universidades, financiar a formação continuada e os intercâmbios internacionais, são estratégias importantíssimas que devem ser estimuladas.

 

Um dos principais parâmetros para que se possa ter uma medida do nível de inovação produzida por um país é o número de patentes solicitadas. Em nosso país ainda é um desafio a geração de inovações tecnológicas capazes de traduzir-se em valor econômico agregado. Vencer tais desafios pode representar o grande salto qualitativo, ainda um privilégio de países mais avançados acadêmica e tecnologicamente.

 

É possível que um maior investimento dos órgãos públicos de fomento, no sentido de viabilizar laboratórios e pesquisadores, possa mudar esta realidade.

 

 

Gislene Farias de Oliveira1

Athena de Albuquerque Farias2

 

 

 

 

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1 Editora e Docente da Universidade Federal do Cariri – UFCA, Ceará, Brasil.

  Contato: gislenefarias@gmail.com;

2 Editora adjunta e Advogada pela Faculdade dos Guararapes, Pernambuco, Brasil.

  Contato: athena.farias@gmail.com.

 

Revista SAÚDE COLETIVA: Coletânea. N4, p.1-3. 2017. ISSN: 1982-1441.